Qual o pior livro que você já leu?

Tópico autoexplicativo. Se possível, diga não apenas qual, mas por que.

Huum, que eu esteja lembrando... acho que foi um livro chamado "Nave Terra" ou algo parecido. Livro com um misticismo bem chifrim.

Ai que tópico difícil de ser respondido

Mas acho que o pior livro que já li foi Lua Nova, da dita cuja Stephenie Meyer. Acho que 90% se atribui ao fato de ter sido o livro que eu mais demorei pra ler, devido a chatisse, nem O Senhor do Anéis demorei tanto pra terminar!

Se bem que Crepúsculo não fica muito atrás. Olhem só isso:

A respiração lenta e profunda de Jacob era o único som da sala - como uma cantiga de ninar cantarolada por uma criança, como o som baixo de uma cadeira de balanço, como o bater de um relógio antigo quando não se tem necessidade de ir a lugar nenhum... Era o som do conforto.

[...]

- Você é, agora, a coisa mais importante do mundo para mim. A mais importante de toda a minha vida [Bella Swan]

WTH?!

Eu consigo lembrar de alguns. Reitero a série Crepúsculo que o Orith citou. Achei todos os quatro livros de uma misoginia sem fim. Além de a escritora ser muito ruim. Escrita sofrível, parece que ela não releu, revisou ou sequer pensou a estrutura do texto. Me impressiona essa mulher ter formação acadêmica na área.

O outro foi o primeiro volume de Coisas Frágeis, do Neil Gaiman, aqui lançado em dois volumes pela Conrad. Eu sempre ouvi muitos elogios deste cidadão, mas ele não consegue se excluir da criação literária. Tá certo que ninguém consegue, mas a obviedade no caso dele ultrapassa todos os limites aceitáveis. Chega a um ponto em que você não ouve o personagem falando, mas o Neil Gaiman. Talvez eu tenha gostado de um ou dois contos, três no máximo, desse livro. No geral, achei que ele dava uma chupada legal em vários itens da cultura pop [e não, não ficava legal], tipo, tinha um conto lá que eu que não assisti a Matrix, achei idêntico. Em outros casos, senti que ele tentava desesperadamente "mostrar conteúdo" com suas referências o que, por ser desesperado, tornava a coisa ridícula. Enfim, ainda não sei se leio o segundo volume. Mas pretendo ler Coraline e outro livro dele que agora o nome me escapa.

Outro livro que detestei foi o tal de Feliz Ano Velho, do Marcelo Rubens Paiva, em que ele relata seu acidente e recuperação. Arrogante é a melhor palavra que o define. Não consegui sentir um pingo de compaixão por ele. O cara tá com a família na merda, sendo bancado pela mãe, o acidente não teve nada de acidente porque foi uma brincadeira idiota dele na qual tacou a cabeça numa pedra, mas ele fala de tudo num tom de irresponsabilidade tão grande, como se não importasse o sofrimento de sua família ou o trabalho que ele estava dando a todos por pura estupidez. Tinha que ser jornalista.


Conforme for lembrando, posto mais aqui.

o pior livro que li foi "Ainda Existe ESPERANÇA" de enrique chaij
credo não sei como li esse livro todo ainda bem que e pequeno

Ainda estou em dúvida se foi o primeiro do Harry Potter ou o Alquimista do Paulo Coelho.... ambos de um pseudomisticismo irritante....

Eu nunca li nada do Paulo Coelho. Mas Harry Potter, já. Não caracterizaria os livros de J. K. Rowling como místicos. E aí vai do conceito que cada um tem de misticismo. Eu sempre associo a palavra a estados espirituais e mentais, aquilo que está intrinsecamente ligado à algum tipo de religiosidade. No meu entender, Harry Potter não trata disso. É um livro infantil com elementos fantásticos, já que bruxaria não é a única referência, mas também vários aspectos da mitologia grega, nórdica e até de contos de fadas. Sem falar em Beatrice Potter. Infelizmente, nunca tive a oportunidade de ler nenhum livro dela, mas via as adaptações de seus livros que passavam na Cultura quando era pequena. Eu adorava Peter Rabbit.


J. K. Rowling absorveu bastante de Beatrice Potter, além do nome pro seu personagem. Há outras coisas que eu acho piores nos livros da série Harry Potter. Um exemplo é a autora criar metáforas que demonizam a xenofobia e o preconceito, mas vez ou outra colocar frases xenofóbicas na boca de personagens como Hagrid que é tido como um símbolo de bondade, generosidade e doçura no contexto da obra. Sabendo-se que isso é uma coisa grave na Europa nos dias de hoje, é foda perceber que até quem tenta criar uma situação mais tolerante não tem o mínimo controle de como passar a mensagem.

Peter Rabbit é tão... *------* Fofo!

p.s: Diva, depois preciso discutir com você a respeito de algo que você sempre utiliza em suas falas.

E aí vai do conceito que cada um tem...

Depois precisamos abrir um tópico para isso. Lá em Filosofia.

Precioso escreveu:Peter Rabbit é tão... *------* Fofo!

p.s: Diva, depois preciso discutir com você a respeito de algo que você sempre utiliza em suas falas.

E aí vai do conceito que cada um tem...

Depois precisamos abrir um tópico para isso. Lá em Filosofia.

Não entendi. Você se referiu a questão do conceito que sempre falo? Se for, assim, eu costumo usar isso porque não quero ofender ninguém. Então, trato de deixar bem claro do que eu tô falando.

Ou foi a outra coisa?


Olha aí ele, gente. *__________________*

É que às vezes parece algum tipo de relativização. Cada pessoa terá um conceito e esse conceito será válido dependendo de alguns fatores.

Precioso escreveu:É que às vezes parece algum tipo de relativização. Cada pessoa terá um conceito e esse conceito será válido dependendo de alguns fatores.

Em primeiro lugar, eu não acho que isso seja algo negativo. E, em segundo lugar, na vida moral e prática, não há como fugir disso. Meu critério sempre será diferente do seu. É aí que está a subjetividade de tudo. Você que está na iniciação científica deve saber muito bem que se deve ser claro na hora de escrever um relatório ou artigo científico, dizer exatamente com que conceitos e categorias se trabalha, descrevê-las exaustivamente para evitar equívocos depois ou a incompreensão total do trabalho.

Diva escreveu:Eu nunca li nada do Paulo Coelho. Mas Harry Potter, já. Não caracterizaria os livros de J. K. Rowling como místicos. E aí vai do conceito que cada um tem de misticismo. Eu sempre associo a palavra a estados espirituais e mentais, aquilo que está intrinsecamente ligado à algum tipo de religiosidade. No meu entender, Harry Potter não trata disso. É um livro infantil com elementos fantásticos, já que bruxaria não é a única referência, mas também vários aspectos da mitologia grega, nórdica e até de contos de fadas.

Eu concordo com a Diva, não coloco Harry Potter como romance místico, prefiro o termo literatura fantástica, ou fantasia. Há muita coisa ruim na série, mais especificamente no primeiro livro, que depois ela vai ajustando e melhorando. Afinal A Pedra Filosofal foi seu primeiro livro.

Já Paulo Coelho eu já li 5, isso mesmo, cinco que eu já devia ter listado aqui nesse tópico, pelo menos dois deles que são: O Alquimista e O Manual do Guerreiro da Luz. Os outros três Brida, O Demônio e a Srta. Prym e O Aleph são deglutíveis, mas não chegam nem a ser bons. No geral acho ele um péssimo escritor.

É isso!

Diva escreveu:
Em primeiro lugar, eu não acho que isso seja algo negativo. E, em segundo lugar, na vida moral e prática, não há como fugir disso.

Não falei que isso seja negativo. Disse apenas que queria discutir sobre isso. Acho que em diversas cituações certos conceitos prevalecem sobre outros. Na vida prática dá pra fugir bastante e na moral também. Mas não quero partir para um debate desses aqui. Que façamos outro tópico.

Precioso escreveu:Não falei que isso seja negativo. Disse apenas que queria discutir sobre isso. Acho que em diversas cituações certos conceitos prevalecem sobre outros. Na vida prática dá pra fugir bastante e na moral também. Mas não quero partir para um debate desses aqui. Que façamos outro tópico.

Você falou isso:

É que às vezes parece algum tipo de relativização. Cada pessoa terá um conceito e esse conceito será válido dependendo de alguns fatores.

Provavelmente, não foi o seu caso. Mas nunca aconteceu de eu ver alguém usando o termo "relativizar" como algo positivo num debate informal como o que estamos tendo.

E eu discordo de você.

Não acho que dê pra fugir disso. Se desse, não haveria tantos mal entendidos no dia-a-dia. Há conceitos/ideias/discursos que são dominantes, mas hoje o mundo [e as pessoas] está tão fragmentado que ser mal interpretado ou interpretar mal se tornou corriqueiro. Sabe, tem um livro pouco conhecido do Antonio Fausto Neto que se chama Mortes em Derrapagem. Nesse livro, ele faz análise de discurso das matérias que falavam sobre doença e morte de Cazuza e Lauro Corona. Falei isso só pra situar. Enfim, gosto do título desse livro porque o Fausto Neto está se referindo à linguagem, como ela é derrapante. Às vezes você quer falar uma coisa e não consegue, logo, derrapa nos sentidos das palavras. Isso me fascina.

Outro dia eu estava olhando aquele papelzinho que vem junto com a nota fiscal de compras quando você compra algo no cartão. Lá tinha escrito algo como "prometo pagar a importância acima". Daí eu fiquei um bom tempo pensando no significado da palavra importância. Importância é um subjetivo que vem do verbo importar. Acredito que seu sentido dominante seja "algo que tem relevância". Contudo, o verbo importar pode significar tantas coisas... Posso usar com o sentido de preocupar. "Eu me importo com você", que é semelhante, mas não é a mesma coisa. E há, claro, o sentido que se contrapõe a exportar, que não consigo ligar de imediato ao anterior. Contudo, no primeiro caso que falei, importância não tinha muito a ver com nada disso, mas significava dinheiro. São três sentidos que são semelhantes, mas que não são iguais. E causariam uma bela de confusão, por exemplo, com alguém que não tenha muito domínio do português brasileiro.


Nha, mova esses posts pra um novo tópico.

Ainda não sei o motivo pelo qual me submeti a tal feito, mas eu li.
Não que seja ruim, mas é que Como Se Dar Bem Na Vida, Mesmo Sendo Um Bosta - Casseta e Planeta não contribuiu em nada pra mim.
São 148 páginas de puro nada.

Carne em Delírio merece menção honrosa neste tópico.